O estudo que está sendo realizado na Universidade de Campinas com as mostras de água e alimentos consumidos por natalenses infectados pela Toxoplasmose (doença transmitida principalmente pelas fezes de gatos contaminados), ainda não foi concluído. Assim, continua desconhecida a causa do surto que já atingiu 139 pessoas, entre dezembro e março, sendo 20 gestantes, fato que preocupa as autoridades.Na maioria dos casos, a doença é assintomática e nem precisa de tratamento. Mas, em mulheres grávidas, quando não mata o feto, pode provocar deformações ou se manifestar no indivíduo após o nascimento, geralmente nos olhos; é a toxoplasmose congênita. Para cuidar dessas mulheres, a Central de Distribuição de Remédios do Estado (Unicat) fornecerá os medicamentos indicados para o tratamento: Sulfadiazina, Pirimetamina, Ácido Folínico e Espiramicina. De acordo com a diretora do departamento de Vigilância em Saúde, Cristiana Souto, a Unicat tem ainda kits para mais 80 mulheres, entretanto o Ministério Público recomendou, nesta segunda-feira (3), que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) deve se tornar responsável por essa distribuição em até 15 dias, através de Inquérito Civil. ConfirmaçãoApenas a amniocentese – exame feito a partir do líquido amniótico – pode mostrar se o feto sofreu algum dano por causa da doença. Segundo Cristiana Souto, esse exame não é realizado no Rio Grande do Norte e a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) busca firmar convênio com o Centro de Neurociências de Macaíba para a realização desse procedimento.
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