Os médicos do Estado decidiram entrar em greve a partir de terça-feira (9). A menos de uma semana para o início do Carnaval, a diminuição do efetivo de plantão para 30% deve afetar principalmente as especialidades mais carentes de profissionais na rede pública, como Ortopedia, Anestesiologia, Clínica Médica, Neurocirurgia, Cirurgia Geral e Psiquiatria.
As informações são de Geraldo Ferreira, presidente do Sindicato dos Médicos do RN, que admite que a greve traz transtornos à população. “Vai piorar, mas nossa expectativa é que seja temporária”. Segundo ele, a paralisação é uma resposta à negativa do Governo do Estado sobre a proposta de aumentar salários e gratificações, sugerida pela própria Secretaria de Saúde Pública do Estado (Sesap).
A Sesap foi comunicada ontem sobre a greve e em nota à imprensa, informou que está concluindo junto com a Secretaria Estadual de Administração e Recursos Humanos (Searh), o cálculo do impacto financeiro que o reajuste de salários dos médicos significaria para o Governo, “com a finalidade de atender as reivindicações do Sindicato”.
O secretário estadual de Saúde, George Antunes disse que segunda-feira (8) será marcada uma reunião com o Gabinete Civil e Searh, para apresentar financeiro e formular uma proposta oficial do Governo do Estado para a categoria. Este ano já houve três reuniões entre a Secretaria e o Sindicato, mas as negociações não avançaram, disse Geraldo Ferreira.
“A proposta da Sesap era de reajustar de R$2.100 para R$5 mil o salário base, e a gratificação de R$1 mil para R$2.200. Foi dita pelo secretario George Antunes em reunião”, explicou Ferreira. “Aceitamos, mas quando pedimos para nos enviar a proposta oficialmente, ela foi vetada pela Searh, que afirmou haver grande impacto na folha de pagamento”.
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