terça-feira, junho 01, 2010

Iberê já fala em outros partidos indicando o vice




O governador Iberê Ferreira de Souza (PSB) informou, na manhã de hoje, após reunião com o secretariado, no Centro de Convenções de Natal, que a escolha do seu companheiro de chapa para as eleições deste ano não será do PR - como quer a ex-governadora Wilma de Faria (PSB) - devido ao fato de o partido não fazer parte da aliança majoritária que homologará seu nome como candidato à reeleição.Iberê respeitou o fato de o PR, partido presidido pelo deputado federal João Maia no Estado, ter optado por não firmar coligação na majoritária para se aliar a PMDB e PV na proporcional. "O vice será escolhido entre os partidos que fazem parte da coligação majoritária. E o PR não faz", destacou o governador.Sobre a demora na escolha do nome, Iberê se mostrou tranquilo. Ele lembrou que nem todos os candidatos já definiram seus companheiros de chapa. "José Serra [ex-governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência da República] já decidiu o vice? Então quando ele decidir, eu decido", brincou o governador.O gestor, que terminou um tratamento contra o câncer no mês passado, disse que está pronto para enfrentar o ritmo da campanha eleitoral. Ele disse estar bastante motivado para o período eleitoral. "Não só me sinto preparado para percorrer o Rio Grande do Norte como estou disposto a tirar o atrasado. Estou muito bem", afirmou.Questionado sobre a sua participação na disputa proporcional, Iberê Ferreira informou que a base aliada já estuda estratégias para conquistar maioria na Assembleia Legislativa (AL). "A presidente do nosso partido [ex-governadora Wilma de Faria] já está articulando isso. Eu também vou participar. Já temos estratégias. Mas claro que eu não vou dizer", enfatizou.Ao avaliar os primeiros meses de administração, o governador disse que está satisfeito com o rumo do governo, mas ressaltou que a demora na aprovação do aumento de 5% para 11,86% no percentual de remanejamento do orçamento prejudica as atividades do governo. Para Iberê, existe motivação política na demora para a votação do projeto "por parte de alguns deputados". Ele lamentou o fato de o Estado não ter recursos para atender imediatamente às reivindicações da Polícia Civil, pagar aos fornecedores do programa de leite e cumprir com outros compromissos. "O dinheiro está lá. Mas precisamos da autorização da Assembleia para utilizá-lo", explicou.Perguntado sobre como conseguir a aprovação do remanejamento, tendo em vista que o governo é minoria na AL, o pessebista disse que já fez de tudo o que estava ao seu alcance. "O que tínhamos de fazer para mostrar aos deputados a necessidade que temos, já fizemos. A nossa estratégia aos deputados, como também à sociedade, a importância dessa votação para o Estado", reforçou.Como resultado da reunião com o secretariado, Iberê decidiu enxugar a máquina. A nova política do governo é a de corte gastos superficiais, como redução nas contas de telefone, água e luz. A meta do governo é reduzir as despesas em R$ 30 milhões, para que o Estado não tem saldo negativo no balanço da receita.No funcionalismo público, o governador disse não vai fazer cortes. Entretanto, ele avisou que vai acabar com os funcionários fantasmas. "Quem não trabalha não vai receber", afirmou.

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